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Temendo confronto, moradores do Morro do Alemão abandonam a favela
                           Moradores abandonam casas no Complexo do Alemão. Foto: Marcelo Piu - O Globo 
 RIO - Logo após o ultimato do coronel Mário Sérgio Duarte, comandante geral da Polícia Militar, dezenas de moradores do Complexo do Alemão abandonaram sábado suas casas com medo da guerra. O temor de que traficantes enfrentassem policiais e militares era tanto que muita gente deixou as favelas com a roupa do corpo, levando filhos, netos e outros parentes. Irene, mãe de três filhos, entre eles duas gêmeas de 7 anos, contou que traficantes estavam invadindo casas de moradores.
- Não tem como eu ficar mais em casa com meus filhos. Estou indo para a casa da minha mãe em Magé. Os bandidos estão invadindo as casas e os moradores vão para a rua - contou a mulher, caminhando apressada com a família pela Avenida Itararé.
Medo e cansaço na saída de casa
O medo e o cansaço também expulsaram a camareira Josefa Rodrigues, de 58 anos, de casa, na Favela da Grota, que faz parte do complexo. Ela estava de mãos dadas com um neto e outros parentes, andando assustada pela mesma avenida.
- Não dormimos esta noite por causa dos tiros e da possibilidade de confronto durante a madrugada. Amanheceu, e os tiros voltaram com força. Impossível ficar - lamentou a moradora ao deixar o morro, sábado.
A doméstica Maria das Dores Barbosa, de 44 anos, desceu a favela e foi até a Avenida Itararé para entregar os netos, de 4 e 2 anos, ao pai:
- Eles passam a maior parte do tempo comigo. Mas não está dando para ficar no morro com crianças. Não consigo ficar em paz dentro de casa.
Com um ventilador nas mãos, travesseiro na outra e com mulher, filhos e cachorro, um morador, que não quis se identificar, partia sábado para a casa de parentes na Zona Oeste. Morador da Grota há 20 anos, ele disse que deixava a favela para proteger a família:
- Essa guerra não é minha. Sei que é necessário mas não posso ficar aqui vendo confrontos e deixando minha família na linha de tiro.

Até as crianças são revistadas
 Sábado, ninguém saía dos complexos da Penha e do Alemão sem passar por uma revista minuciosa, nem mesmo crianças. Carros e transportes coletivos também foram vistoriados minuciosamente. As autoridades formaram um cerco às favelas, fechando seus acessos e ruas próximas, em Ramos, a fim de evitar a fuga de bandidos. Mesmo assim, houve quem tentasse ludibriar as autoridades. À tarde o bandido conhecido como Piloto, segurança do traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, um dos chefes do Complexo da Penha, foi preso com uma bandeira com a palavra paz.
Mais cedo, a PM apresentou os traficantes Ricardo Severo, de 31 anos, o Faustão, e Tássio Fernandes Faustinho, o Branquinho, de 26 anos, baleados tentando furar um bloqueio. Segundo a Polícia, Branquinho era o contador do tráfico e teria participado da tentativa de invasão ao Morro dos Macacos, em outubro do ano passado, que terminou com a queda de um helicóptero da PM. Já Faustão seria o braço direito de FB.
Uma mulher ainda não identificada foi presa pelos militares do Exército com cerca de 30 mil dólares na mochila. Ocorreu também a prisão de Carlos Lucas da Silva, de 23 anos, foragido da Justiça, na descida da Favela da Grota.
Fonte: Globo  (Ana Cláudia Costa, Gustavo Goulart e Renata Leite)

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